Batismo, fonte de vocação e comunhão com a Igreja de Cristo

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A Igreja Católica possui sete Sacramentos que marcam fases importantes da vida cristã.

Os Sacramentos são sinais sensíveis e eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, por meio dos quais nos é concedida a vida divina. Através deles os católicos se fortalecem e também expressam a sua fé, bem como renovam seu compromisso cristão.

São sete e estão divididos em três grupos: iniciação cristã (Batismo, Eucaristia e Crisma ou Confirmação), cura (Penitência e Reconciliação, também conhecido como Confissão e Unção dos Enfermos) e serviço da comunhão e da missão (Ordem, Matrimônio).

O Batismo é a ponte que Deus construiu entre ele e nós, o caminho através do qual Ele se torna acessível.

Para o Papa Bento XVI, este sacramento é o arco-íris divino sobre a nossa vida, a porta da esperança e, ao mesmo tempo, o sinal que nos indica o caminho a percorrer de modo ativo e alegre para encontrá-Lo e sentirmo-nos amados por Ele.

Significado do Batismo

O Batismo é um novo nascimento, que precede o nosso fazer. Com a nossa fé podemos ir ao encontro de Cristo, mas somente Ele pode fazer-nos cristãos e dar a esta nossa vontade, a este nosso desejo a resposta, a dignidade, o poder de nos tornarmos filhos de Deus que nós mesmos não temos.

O Batismo é porta de entrada à vida em comunhão com a Igreja de Cristo, que pela água o ser humano passa a ser filho de Deus, participante da vida da Trindade.

O próprio Jesus deixou-se batizar no Rio Jordão por João Batista. Ele se submeteu ao Batismo para transformar nossa humanidade participante da vida de Deus.

Durante a festa do Batismo do Senhor deste ano, o Papa Bento XVI fez uma reflexão sobre o significado de sermos filhos de Deus.

“Vir ao mundo não é nunca uma escolha, não nos vem pedido antes de nascer. Mas durante a vida, podemos amadurecer uma atitude livre em relação a própria vida: podemos acolhê-la como um dom e, em um certo sentido, tornar aquilo que já somos: filhos”, afirmou.

Deus se fez Filho do Homem, para que o homem se tornasse filho de Deus, mediante o Batismo.

Crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, nos conduz a renascer do alto, isto é, de Deus, que é amor (Jo 3,3).

Todos nascemos sem o nosso próprio fazer, o passivo de ter nascido precede o ativo do nosso fazer. O mesmo é também se diz do ser cristão: ninguém pode fazer-se cristão somente pela própria vontade, também ser cristão é um dom que precede o nosso fazer: devemos renascer em um novo nascimento.

São João diz: A quantos o acolheram deu o poder de se tornarem filhos de Deus (Jo 1,12). Este é o sentido do Sacramento do Batismo, o Batismo é um novo nascimento, que precede o nosso fazer.

Com a nossa fé podemos ir ao encontro de Cristo, mas somente Ele mesmo pode fazer-nos cristãos e dar a esta nossa vontade, a este nosso desejo a resposta, a dignidade, o poder de nos tornarmos filhos de Deus que de nós mesmos não temos.

Alguns aspectos desse sacramento

Os ministros ordinários do Batismo são o bispo, o presbítero e o diácono. Em situações de urgência qualquer pessoa pode batizar, desde que tenha a intenção de fazer como pede a Igreja: derramar água sobre a cabeça do candidato e dizer a fórmula batismal: “Eu te batizo em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”

A Igreja promove o Batismo de todos, inclusive as crianças, pois todos nascemos com a ferida do pecado original e precisam ser libertas do poder do Maligno e iniciar a vida de graça, viver a liberdade dos filhos de Deus.  Não podemos privar as crianças dessa graça inestimável de tornar-se filho de Deus.

Apesar de ser necessário para a salvação de todos, existem situações em que as pessoas podem ser salvas mesmo sem terem recebido o Batismo. São os casos do Batismo de sangue (não batizado que morre pela fé), Batismo de desejo (aqueles que não conheceram a Cristo e a sua Igreja, mas viveram uma vida virtuosa que se tivessem a oportunidade de se batizarem teriam dito sim) e os catecúmenos que morrem. No caso das crianças que morrem sem serem batizadas, a Igreja os confia à misericórdia de Deus, que tem um predileção pelos pequeninos.

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