A solidariedade – Rm 12,16

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“Tende a mesma estima uns pelos outros, sem pretensões de grandeza, mas sentindo-vos solidários com os mais humildes: não vos deis ares de sábios” (Rom 12,16)

No versículo que meditamos, são Paulo pede considerar no próximo um irmão, transcendendo as diferenças de raça, nascimento, classe social, fortuna. A humildade é o sinal e a garantia da unidade espiritual na comunidade. Por isso não devem ser fomentados os pensamentos altivos, senão os próprios da humildade. Um verdadeiro cristão sente-se mais à vontade com as pessoas simples  e não alimenta a pretensão de ser um sábio para o mundo.

São Paulo exorta os romanos para que sejam solidários. Ser solidário aparece aqui como um verdadeiro projeto de vida:  abrir-se ao irmão, àquele que está do meu lado, num dinamismo de amor e generosidade que me move a transcender barreiras do meu próprio egoísmo e mesquinhez, para sair ao seu encontro e descobrir suas necessidades mais urgentes.

Ser solidário implica morrer a mim mesmo, renunciando inclusive ao legítimo, para que o outro viva (1Jo 3,16), à semelhança daquele que deu sua vida por nós (Gal 2,20). É compartilhar a carga dos demais, fazendo também minhas as suas alegrias e preocupações (Gal 6,2). É ver nele a imagem viva de Cristo Jesus (Rom 12,5).